A escolha da região para o polo se deve ao potencial agrícola, segundo coordenador do projetos de polos de irrigação do MDR.
O oeste da Bahia receberá o primeiro polo de irrigação do Nordeste, informou a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), em nota. A exemplo do Rio Grande do Sul e de Goiás, a instalação do polo na Bahia integra a política nacional de irrigação traçada pelo governo federal, segundo a Aiba.
Produtores rurais, representantes da sociedade civil e equipes técnicas de órgãos ambientais das esferas municipal, estadual e federal discutiram o tema em evento promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) em Barreiras.
De acordo com o coordenador de projetos de polos de irrigação do ministério, Antônio Leite, a escolha do oeste baiano para o polo se deve ao potencial agrícola da região, que é destaque nacional na produção de grãos e fibra.
“Buscamos regiões onde já existe a atividade irrigada consolidada. O intuito não é implantar a tecnologia, mas melhorá-la e até expandi-la”, disse. Atualmente, o oeste da Bahia tem 8% da área plantada irrigada, o equivalente a 192 mil hectares.
No encontro, foi criado um grupo gestor, formado por representantes de órgãos ambientais e de entidades de classe, que indicaram as prioridades da região. Com base em quatro eixos (infraestrutura, legislação, assistência técnica e pesquisa), a carteira de projetos será construída em conjunto com o ministério, que buscará parceiros e recursos para as obras.
Para a diretora de Meio Ambiente e Irrigação da Aiba, Alessandra Chaves, a discussão não é apenas sobre ampliar a área irrigada mas também favorecer a eficiência do uso da água. “O polo como ele é pensado e estruturado vai desenvolver tanto a agricultura irrigada quanto a de sequeiro; tanto o pequeno produtor, quanto o de médio e grande porte; beneficiando o Cerrado e o Vale, de modo que contemple não só a produção de grãos e fibra, como fruticultura e hortaliças”, destacou.